Avante é que é o caminho

E este fim de semana:










Foto gentilmente retirada na Net



Em género de encerramento dos Festivais de Verão, segue-se a mítica Festa do Avante, uma festa familiar, desperconceituosa, e cheia de bom espírito.

Pelo recinto famílias inteiras sentem este espaço como seu, é vê-los de garrafão e marmita na mão, encostados á sombra do pavilhão da sua terra.

Para os mais novos, ou mais ligados á cena musical, também se faz Festa, animada quanto baste ao som da boa música portuguesa, que na sua maioria faz vibrar o seu povo. Quem não gosta, não ouve, ou não conhece Chutos e Pontapés?

Estes que, se não for em todas, participam em quase todas as edições desta Festa. E é ver tudo (mas mesmo tudo) a saltar ao som da 'Minha Casinha'.
Atenção atenção, que existe também um espaço alternativo todo voltado para as culturas internacionais, ideal para descobrir novos sons, e para comprar aqueles presentinhos ou lembranças de última hora para esta ou aquela ocasião.
Comunistas ou não, é dito e bem certo que 'não há festa como esta', só quem participa sabe de facto como é sentir, viver e participar (na)aquela Festa, onde todos parecem pelo mesmo, e as cores politicas se fundem na cor positiva da união, 'boa onda' e Festa.
Este ano, será inédito, a minha pessoa irá percorrer aquele recinto durante os ditos 3 dias da Festa. Já acompanho o festival á bastantes anos, (mas só ia ao sábado) quando de uma miúda não passava, ía pela mão da minha mãe, e quando á porta chegava sentia que um mundo novo também para catraios estava á disposição. Como eu me sentia importante e gente crescida quando dizia que ia ou tinha ido a um festival!
A ideia geral ou generalizada de festivais de Verão, remete-nos para  "malta jovem, bebedeiras, charranços, moches, montes de gente" (palavras da mãe) , ali é agitado o suficiente, com espaço enorme que chegue, e eu sentia-me (sinto) em casa.
Todo o trajecto também faz parte do meu ideal de Festa do Avante, a travessia do Tejo, a espera pela camioneta em Cacilhas que parte sempre apinhada de gentes de todas as idades. Houve um ano e que inacreditávelmente a dita carrinha empanou, morreu, não andou mais, e nós, todos os passageiros vimo-nos obrigados a subir (sempre a subir) durante mais de meia hora a pé até chegar ao recinto. Parecia uma peregrinação, e eu miúda no meio daquele fernezim.
Boas recordações me traz o Avante, por essas e pelas melhores que ainda me trará, que todos anos, desde que tenha disponibilidade ali paro para dar umas voltinhas, curtir um som, e mais não digo (e se a minha mãe lê???).
Toda a programação e artistas fica aqui.  disponível.
Enjoi it.... I will